Duas boas experiências
A leitura, conforme nos disse Newton Mesquita, que atua no
campo da pintura, "toca na sua essência". Não me lembro que idade
tinha quando li Meu pé de laranja-lima, de José Mauro de Vasconcellos.
Lembro, porém, do quanto me emocionou o episódio no qual o única pessoa amiga
do narrador-personagem morreu. A tristeza do menino me contagiou. Também
chorei. Emociono-me diante da solidão dos seres, emociono-me diante da
separação provocada pela morte. Marilena Chauí nos diz que "descobrimos
nossos próprios pensamentos e nossa própria fala graças ao pensamento e à fala
do outro." As minhas fragilidades não foram descobertas pela leitura do
referido livro, mas, com certeza, houve forte identificação de minha psiquê com
o episódio comentado.
A escrita, por sua vez, também tem grande importância.
Rubem Alves, educador, escritor e teólogo, relata que escreve esperando ser
devorado pelos seus leitores. No Ensino Médio, passei por uma experiência que,
de certa forma, tem relação com que diz Alves. Uma produção de texto que fiz
sobre o tema a mulher foi elogiada pela minha professora de português
Maria José e lida para toda a classe. Foi um grande presente que recebi. Era
meu aniversário...
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